Frequência cardíaca, variabilidade da frequência cardíaca e o desempenho de uma partida de xadrez

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Frequência cardíaca, variabilidade da frequência cardíaca e o desempenho de uma partida de xadrez

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Título: Frequência cardíaca, variabilidade da frequência cardíaca e o desempenho de uma partida de xadrez
Autor: Teixeira, Luciano Bertol
Resumo: A Freqüência Cardíaca (FC) e Variabilidade da Freqüência Cardíaca (VFC) oferecem a oportunidade da psicologia utilizar-se de indicativos objetivos em suas investigações . Pela relação que estes comportamentos cardíacos mantém com o Sistema Nervoso Autônomo, podemos estudá-los pelo viés da psicofisiologia. No entanto, no contexto desportivo, o estudo que considere os aspectos psicológicos em sua relação com FC e VFC torna-se, por ordem técnica, dificultoso. O xadrez, neste arranjo de condições torna-se a modalidade ideal para estudo. Reúne intensa atividade mental, a competição, a ansiedade e o fundamental: pouca atividade física. Assim, asseguramo-nos que as alterações das respostas psicofisiológicas tenham sido eliciadas por fatores emocionais e cognitivos. Estas alterações em como o jogador percebe a partida, o quanto se sente ameaçado, motivado, esperançoso, mantém-se concentrado, entre outras, influenciam a atividade do sistema autônomo em uma constante regulação entre o jogador e seu ambiente (interno e externo). Procurou-se investigar, dentre estes fenômenos, se FC e VFC, que são medidas facilmente obtidas e não invasivas, podem apresentar correlação nas tomadas de decisões boas ou ruins executadas pelo enxadrista durante a partida. É possível assim verificar se os comportamentos cardíacos podem servir como indicativos de previsibilidade para decisões boas ou ruins. Para tanto, esta pesquisa exploratória foi formulada onde fora examinado um enxadrista de alto rendimento que teve duas partidas, ao desafiar o Software Fritz, registradas. Foram analisadas 61 jogadas para as quais foi calculada, com auxilio do HRV Analysis Software v 1.1, a média da freqüência cardíaca dos batimentos que fizeram parte do tempo de cada jogada, desvio padrão da FC, média da VFC, desvio padrão da VFC e o índice de variabilidade nas freqüências BF e AF. Tais dados foram submetidos à análise estatística em teste de correlação com a avaliação das jogadas pelo Software Fritz, auto-avaliação das jogadas e nível de esperança experienciado durante o jogo. Houve correlação positiva entre VFC e avaliação do Software Fritz (p = 0,002), correlação negativa entre FC e avaliação do Software Fritz (p = 0,002), evidenciando que estes comportamentos cardíacos podem variar em um sujeito de forma constante e consistente a ponto de prestar alguma previsibilidade para decisões boas ou ruins do enxadrista.
Descrição: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Psicologia.
URI: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/91117
Data: 2008


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